É inegável que em nosso país, embora a maioria das empresas sejam de pequenos negócios, eles não são incluídos nas políticas para inovação, seja pelo custo, seja complexidade do processo ou pela burocracia, o que acaba por inibir o crescimento tecnologico nacional.
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Sebrae defende políticas para inovação nos pequenos negócios
16 de Agosto de 2012
A legislação brasileira
necessita de ajustes para efetivar as políticas públicas de fomento à
inovação nos pequenos negócios. A opinião é do gerente de Inovação e
Tecnologia do Sebrae, Enio Pinto. Ele participou da mesa redonda
Políticas Públicas: Programas e Instrumentos de Apoio para a Inovação no
Brasil, que faz parte da programação do Congresso da Associação
Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti),
realizado na capital federal com patrocínio do Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O objetivo do encontro, que termina
nesta quinta-feira (16/08), é fortalecer as redes de pesquisa e
estimular o processo de inovação no País. Segundo Pinto, a lei atual é
restritiva, com linguagem técnica rebuscada, que dificulta o acesso das
micro e pequenas empresas (MPE) aos incentivos legais. Ele disse ainda
que a inovação é uma necessidade do atual contexto dos negócios. "Quem
não inovar estará fora do mercado a médio prazo. Ou a empresa inova, ou
morrerá. Só é empreendedor quem inova", sentenciou.
O gerente do Sebrae acrescentou que é
preciso um esforço do empresariado para participar de capacitações e se
beneficiar das linhas de crédito para inovação. "Temos de fazer uma
aproximação dos negócios com as possibilidades de incentivos existentes
para a inovação", disse. Luiz Augusto Mesquita de Azevedo,
diretor-presidente da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre e
vice-presidente da ABIPTI, acrescentou que a inovação também deve estar
presente nas políticas de Ciência e Tecnologia, sempre à disposição da
sociedade.
Outra debatedora foi a economista
Maria Luiza Machado Leal, diretora da Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial (ABDI). Ela apresentou as diversas linhas de
financiamento disponíveis em instituições financeiras como o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para subsidiar
projetos inovadores em empresas de todos os segmentos e tamanhos.
"Investir em inovação garante a competitividade econômica do País",
opinou a diretora.
(Fonte: Agência Sebrae - 16/08/2012)
Presidente do INPI adianta medidas para diminuir tempo de espera em pedidos de patentes
17 de Agosto de 2012
De acordo com Avila, o
pacote reorganizará o exame de patentes do Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (INPI). Os pedidos de registro de modelos de
utilidades vão tramitar de maneira diferente dentro da organização. "O
exame de um modelo de utilidade é feito mais rápido porque é um invento
mais simples. Não tem porque ficar na mesma fila que as patentes de
pedido de invenção cujo o exame é mais complexo", afirmou o presidente
do INPI após proferir palestra nesta quinta-feira (16/08) no Congresso
Abipti 2012.
Entre os critérios para os pedidos a
serem analisados de maneira mais rápida, está a exigência de que o
modelo de utilidade não tenha sido examinado por nenhum outro escritório
de patentes. Avila acredita que o INPI terá condições de apresentar um
critério de viabilidade da patente em até um ano após a entrada do
pedido no instituto.
"Em geral, esses pedidos são
formulados por empresas de médio e pequeno porte e por universidades
brasileiras. Reorganizando essas filas poderemos oferecer uma opinião
preliminar que já dê segurança jurídica para os autores celebrarem
contratos com potenciais empresas que podem levar esse produto ao
mercado", disse.
Atualmente o INPI conta com mil
funcionários, sendo apenas 320 deles do quadro de examinadores de marcas
e patentes. De acordo com Avila, o Escritório de Patentes Europeu
adotou medida semelhante e teve êxito na redução do tempo de espera no
parecer de viabilidade de patentes. "A pressão por respostas
praticamente desapareceu. Os pesquisadores, institutos e universidades
querem uma avaliação para poder celebrar contratos."
O pacote de medidas, que será lançado
durante o Congresso da Associação Brasileira de Pesquisa Intelectual
(ABPI), faz parte de um conjunto de iniciativas que vêm sendo adotadas
pelo INPI nos últimos meses para conceder prioridades às patentes que
representam solução para problemas sociais relevantes, que são objeto de
disputa judicial e que representam potencial de impacto ambiental
positivo.
Empresas querem inovar
Após a palestra do presidente do
INPI, Jorge Avila, no Congresso Abipti 2012, o especialista em inovação
Maximiliano Carlomagno apresentou o resultado de uma pesquisa feita com
as 31 empresas mais inovadoras do mercado brasileiro que tem capital
aberto. O estudo, de acordo com ele, apontou evidências de que as
empresas perceberam que não possuem todas as competências para inovar
sozinhas e que precisam de apoio.
"Entendemos que as empresas percorrem
uma curva de maturidade da inovação. O primeiro passo é um alinhamento
da alta gestão sobre o que é inovação para a empresa. A partir daí pode
ser feito um processo de sensibilização dos colaboradores e a definição
do processo de geração e avaliação das oportunidades", afirmou.
(Fonte: Gestão CT&I - 16/08/2012)